segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Amor a Toda Prova?


Vou tentar traçar um paralelo do filme “Amor a Toda Prova (2011)” com a realidade das separações.

O quarentão Cal Weaver (Steve Carell) tem a vida dos sonhos: bom emprego, boas condições de vida, é casado há 25 anos com seu amor da adolescência, filhos bem comportados... Mas essa vida perfeita desaba depois da descoberta de que Emily (Julianne Moore), sua esposa, o traiu com um colega de trabalho e quer o divórcio. Ele estava numa relação acomodada, com falta de vaidade e interrupção da arte da conquista, que somente é praticada nos primeiros meses dos relacionamentos. Humilhado e desconsolado passa a freqüentar bares e é rechaçado por várias mulheres, até que conhece Jacob Palmer (Ryan Gosling), uma espécie de guru da conquista, que utiliza de métodos narcísicos e rasos, porém infalíveis, para levar para sua cama qualquer mulher que eleja. Sua técnica, sempre repetitiva e assertiva, somada a um banho de lojas e mudança no visual, é logo aprendida por Cal, que se torna um canalha de primeira, tudo  na tentativa de redescobrir sua masculinidade e vingar a "dignidade" perdida nos meios usados pela ex em buscar "novidades" diante de sua crise conjugal. Mas, após algumas aventuras sexuais, ele se dará conta de que sua vida não faz sentido sem a esposa, que mesmo tendo abandonado o marido, ainda sonha em tê-lo de volta. 

Assisti ao filme neste sábado e acho que vale um bom post.

O casal tem 3 filhos, uma moça recém-formada advogada, que já não mora com eles, um garoto de 13 anos e uma menina com aproximadamente 9 anos, mas nenhum deles questiona a mãe a culpando pela separação apesar da sua traição conjugal, há sim o desejo do menino de que o pai reconquiste a mãe, reconhecendo portanto que havia sim uma parcela de culpa do marido.
E como ele reconquista? Em primeiro lugar, ele chega a sonhar que “o outro” está cuidando do jardim da casa (que ele deixou para a esposa e filhos sem questionar metade ou 80% para ele na partilha), e por isso ele vai todos os dias escondido à noite cuidar das flores e plantinhas para que o amante não precise nem ter motivos para ir até lá.
Enquanto ele sai galinhando, comendo todas, ela nem quer mais saber “do caso” que ela teve. Fica bem claro que o que ela queria desde o começo é que ele mudasse, voltasse a enxergá-la para que continuassem juntos.
Para confessar eu não conheço homem nenhum que tenha questionado ficar com a casa toda, ou 80% (que é o meu caso), talvez porque sejam homens de verdade (no melhor sentido da palavra) e que entendam que a mulher não está saindo em vantagem, mesmo aquela que traiu, e sim os filhos estão sendo poupados.
O Cal reconquista a mulher porque ela acaba enxergando que ele sim a ama e até se aperfeiçoou por ela. 

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